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É impressionante a derrocada de Luiz Inácio Lula da Silva.

Como pode alguém com a trajetória brilhante do presidente – vindos grotões do Pernambuco para São Paulo – como milhares de outros, escapando da pobreza, sem estudo, ter vencido três eleições presidenciais?

Mas ao que aparenta a velocidade da ascensão está sendo a mesma da queda. Todas as pesquisas, todos os indicadores apontam para um declínio espetacular e aparentemente a estas alturas, irrecuperável.

Os simpatizantes de Lula dirão que a culpa é dos adversários que dominam as redes sociais, a imprensa que não deixa barato, que critica o tempo todo, que não reconhece os feitos e os méritos do governo e que, a serviço da burguesia e do capital, usa o seu poder de fogo para desabonar o presidente, o PT, as a esquerdas.

Isso é verdadeiro só em parte. As oposições, os adversários políticos só cumprem o seu papel, legítimo papel. Elas existem para mostrar a outra face dos governos, seus erros, suas contradições, suas mentiras.

A imprensa, nos países livres, têm, a rigor, a mesma função. Imprensa marrom, imprensa a favor dos governos e dos poderosos não têm nem merecem credibilidade.

Os agrupamentos políticos gostam da imprensa quando estão em oposição. No governo muda a apreciação e acham as críticas descabidas e injustas.

A crise de popularidade do governo Lula tem certamente causas múltiplas e vem de longe. Talvez a mais sentida pela população seja o salto alto, os efeitos profundos da convicção categórica de uma suposta superioridade moral e política, a certeza arraigada a respeito de suas próprias convicções, o menosprezo olímpico pelas concepções diferentes.

Tudo , no PT, contribui para o isolamento, como tomar por base do pensamento e da ação conceitos discutíveis como a luta de classes. Uma boa parte do mundo já abandonou a teoria, tão inconsistente ela tem se revelado ao longo do tempo. Trata-se de uma explicação para os fenômenos sociais, políticos e econômicos do mundo que só convence nichos cada vez mais minguados. Tudo o que as pessoas querem, em larga maioria, é viver, deixar viver, prosperar sem controles de grupos e de partidos. Ah mas isso é de direita,é conservadorismo. Pode ser. Mas o homem comum não está muito interessado nessa discussão. E com as novas formas de produção que se disseminam na órbita do trabalho e da produção humana vão se interessar cada vez menos

Ao insistir na divisão entre esquerda e direita, o PT perde espaço para correntes políticas pragmáticas, identificadas com os desejos e as vontades individuais. As utopias cedem terreno para o sonho do sucesso individual. Não seria por isso, entre outras razões, que um contingente cada vez mais numeroso constatou que terá mais êxito na busca de uma inserção individual solitária, ou meramente familiar na busca de uma existência plena e feliz, do que a ideia de uma “sociedade fraterna e solidária”?

Não seria porque a direita, por intuição ou inteligência descobriu que esses são os valores que comovem, sensibilizam e mobilizam, os valores dominantes nos corações e mentes?

Não foi Lula que encolheu. Foram as ideias da esquerda que perderam essência e conteúdo.

([email protected])

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